Animais peçonhentos do Cerrado: perigo ou preservação?

O Cerrado abriga uma rica fauna, incluindo animais peçonhentos como serpentes, escorpiões e aranhas. Embora muitos os associem ao medo, esses animais têm funções vitais no equilíbrio ecológico. Nesta postagem, vamos entender quais são os principais peçonhentos do bioma, como evitá-los nas trilhas e por que sua preservação é essencial.

❓ Peçonhento ou venenoso?

Antes de tudo, vale lembrar: peçonhento é o animal que injeta veneno por meio de uma picada ou mordida, como as jararacas e escorpiões. Já os venenosos liberam toxinas por contato ou ingestão, como alguns sapos.

🐍 Principais animais peçonhentos do Cerrado

1. Jararaca-do-Cerrado (Bothrops moojeni)

A mais comum em áreas abertas, tem veneno hemotóxico. Evita o contato humano, mas pode picar se for pisada.

2. Coral-verdadeira (Micrurus spp.)

Colorida e de pequeno porte, seu veneno é neurotóxico. Confunde-se facilmente com a falsa-coral, que é inofensiva.

3. Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus)

Comum em áreas urbanas próximas ao Cerrado. Sua picada pode ser perigosa, especialmente para crianças.

4. Aranha-armadeira (Phoneutria nigriventer)

Ágil e defensiva, sua picada é dolorosa. Prefere ambientes úmidos e escuros.

🥾 Como evitar acidentes nas trilhas

  • Use botas fechadas e calça comprida

  • Caminhe sempre pelas trilhas demarcadas

  • Evite colocar as mãos em tocas, troncos ou sob pedras

  • Nunca mexa em animais silvestres

  • Leve uma lanterna para locais escuros

  • Em caso de picada: procure atendimento médico imediato

🌿 Por que preservar?

Apesar da fama, os animais peçonhentos cumprem papéis cruciais no ecossistema:

  • Controle de pragas: serpentes, escorpiões e aranhas regulam populações de roedores e insetos.

  • Indicadores ambientais: sua presença revela equilíbrio ecológico.

  • Importância medicinal: o veneno de muitas espécies é estudado para produção de medicamentos e soros.


Ao explorar o Cerrado, é essencial respeitar todos os seus habitantes — inclusive os peçonhentos. Mais do que perigosos, eles são guardiões silenciosos da natureza, e aprender a conviver com eles é parte do nosso papel como visitantes conscientes desse bioma fascinante.


Equipe Trilhas do Planalto

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